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segunda-feira, 11 de maio de 2015











A Cultura de Pernambuco perde Dona Selma do Coco


Costa Neto
                                           Dona Selma durante apresentação dia 19 de julho no 24º festival de inverno de Garanhuns

Dona Selma do Coco deixa os pernambucanos e a Cultura de luto! Sua contribuição para a consolidação do coco como referência da nossa identidade será motivo de eternos agradecimentos e homenagens. A batida da sua música, assim como sua risada, ecoarão para sempre na nossa memória, seus conterrâneos. Eleita Rainha do Coco, Selma foi a grande estrela numa constelação de outros brilhos. Afinal, a cidade de Olinda é um celeiro de muitos expoentes do coco de roda. Mas foi a voz, o estilo e a personalidade artística de Selma que o povo adotou e amou, batendo palmas e pés ao seu comando, pontuando as frases com seu indefectível “ra-rai”.
Do quintal de sua casa, no Bairro de Guadalupe, para os grandes palcos Brasil afora, Dona Selma do Coco ampliou as formas de executar o coco. Deu visibilidade e abriu portas para tantos outros artistas do gênero, incluindo suas netas, com quem já dividia o palco, e que agora deverão levar adiante o legado da avó Rainha do Coco. Uma presença inesquecível na arte e na cultura pernambucana.
Agraciada em 2008 com o título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, um reconhecimento pelo trabalho desempenhado no âmbito da cultura pernambucana, Selma Ferreira da Silva, pernambucana de Vitória do Santo Antão, nasceu em 1929. Teve seu primeiro contato com o coco de roda nos primeiros 10 anos de vida, a partir das festas juninas e das festas populares da região em que morava. Depois mudou-se para cidade de Recife, onde casou-se e teve 14 filhos. Selma ficou viúva precocemente (aos trinta anos), e mudou-se novamente, desta vez para Olinda. Começou a trabalhar vendendo tapioca, e, nos seus horários de folga, promovia rodas de coco em seu quintal; estes encontros ganharam fama e possibilitaram desdobramentos variados na sua vida artística.
Sua participação, em 1996, no Festival Abril pro Rock, foi definitivo para um salto do seu trabalho artístico e lhe permitiu um avanço bastante significativo em termos de reconhecimento, devido à sua performance na música “A rolinha”. Nacional e internacionalmente, sua produção ficaria conhecida a partir de então. Minha História, seu primeiro CD, foi lançado em 1998, pela produtora Paradox, e muitos outros viriam depois dele. No 32º New Orleans Jazz & Heritage Festival, ocorrido nos Estados Unidos, ela se tornaria a principal atração brasileira.

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